Saúde 360°: a importância de cuidar do organismo como um todo

Alcançar a qualidade de vida em longo prazo requer um olhar atento para a saúde e para a construção de hábitos saudáveis 

Muito se fala sobre a manutenção de hábitos saudáveis na busca por uma maior qualidade de vida, mas você já parou para pensar sobre esse conceito? O que significa “qualidade de vida”, afinal? 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, qualidade de vida seria a percepção que um indivíduo tem sobre sua posição na vida em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações, considerando sua cultura e seu sistema de valores. É um conceito multidimensional, influenciado por fatores como condições de vida, desenvolvimento econômico, nível de independência, relações sociais e saúde física e psicológica1. Já a saúde, por sua vez, é definida como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças”2.  

Percebeu como os conceitos se complementam? É necessário ter saúde para alcançar uma boa qualidade de vida, assim como fatores que impactam a saúde também podem afetar a percepção sobre a nossa qualidade de vida. Vamos falar um pouco mais sobre isso! 

Hábitos saudáveis – construindo a qualidade de vida todos os dias 

Agora que falamos sobre como a saúde e a qualidade de vida estão interligadas, é possível imaginar o quanto os nossos hábitos são capazes de influenciá-las! Uma rotina equilibrada é fundamental para construir o bem-estar em longo prazo, por isso, listamos aqui alguns passos para te ajudar nesse caminho:  

1. Durma bem

  • A falta de sono está relacionada a maior sensação de cansaço, impactos negativos no humor, na memória e até mesmo maior risco de algumas doenças3; 
  • Para uma melhor noite de sono, procure ter uma rotina regular, pratique atividades físicas, crie um ambiente de sono com poucos estímulos e evite o uso de telas antes de dormir3. 

2. Pratique atividade física regularmente 

  • A atividade física é essencial para a saúde física e mental, prevenindo doenças e contribuindo para a sensação geral de bem-estar4; 
  • Encontre uma atividade física que você goste (como caminhada, corrida, dança) ou tenha um estilo de vida mais ativo, utilizando menos carro e elevador quando for possível e participando das tarefas domésticas4; 
  • Tente incorporar pelo menos 150 minutos de exercício moderado por semana4. 

3. Cuide da mente5

  • A saúde mental é essencial para o gerenciamento do estresse, a manutenção da saúde física e prevenção de doenças5; 
  • Pratique técnicas de relaxamento, como meditação, e reserve um tempo para passatempos e atividades de lazer5; 
  • Cultive relacionamentos saudáveis e participe de atividades sociais5; 
  • Mantenha a mente ativa, realizando leituras e atividades intelectualmente desafiadoras, como o aprendizado de novas habilidades. Atividades físicas também estimulam a mente6! 

4. Adote uma alimentação saudável e equilibrada7 

  • A alimentação influencia diretamente na saúde física, prevenindo o desenvolvimento de doenças que impactam diretamente na nossa qualidade de vida, além de contribuir com as interações sociais nos momentos das refeições7,8; 
  • Prefira alimentos como frutas, vegetais, legumes, grãos integrais, carnes magras e leite e derivados, consumindo em menor quantidade aqueles ricos em açúcares, gorduras saturadas e sódio (como doces, petiscos, bebidas açucaradas, etc)7,8; 
  • Mantenha-se hidratado – priorize a água como bebida do seu dia7. 

Uma nutrição adequada é fundamental para oferecer ao nosso organismo os nutrientes necessários para a nossa saúde como um todo – veja alguns exemplos abaixo: 

  • Vitaminas A, C, E e zinco: essenciais na atividade antioxidante e no funcionamento celular, fortalecem o sistema imunológico9. 
  • Vitaminas do Complexo B: relacionadas à função cognitiva, humor, manutenção da concentração e melhor controle dos sintomas de ansiedade e de fadiga mental10,11. 
  • Cálcio e vitamina D12: essenciais para a saúde óssea e prevenção da osteoporose; 
  • Ferro: participa do transporte de oxigênio pelo corpo, no crescimento das células e na imunidade13,14. 

Quando não é possível atingir a nutrição necessária através da alimentação, a suplementação de nutrientes auxilia a alcançar o consumo ideal de nutrientes. Isso evita que as deficiências de vitaminas e minerais deixem o organismo vulnerável a doenças, além de não conseguir desempenhar com qualidade as demais atividades do dia a dia, incluindo os exercícios e atividades de lazer. Mas lembre-se: a suplementação não substitui a alimentação, sendo um complemento para uma rotina mais saudável! 

Uma alimentação saudável e equilibrada, quando associada a uma suplementação adequada de micronutrientes, pode trazer mais benefícios e promover o bem-estar. Por isso, busque o acompanhamento de um profissional de saúde para avaliações e orientações nutricionais – investir na sua saúde desde já irá garantir a sua qualidade de vida por muitos anos! 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

[1] Ruidiaz-Gómez KS, Cacante-Caballero JV. Desenvolvimento histórico do conceito de Qualidade de Vida: uma revisão da literatura. Revista Ciencia y Cuidado. 2021 Sep 1;18(3):86–99.  

[2] World Health Organization. Constitution of the world health organization. Disponível em: https://www.who.int/about/governance/constitution. Acesso em 2 de julho de 2024. 

[3] Sejbuk M, Mirończuk-Chodakowska I, Witkowska AM. Sleep Quality: A Narrative Review on Nutrition, Stimulants, and Physical Activity as Important Factors. Nutrients. 2022;14(9):1912. 

[4] Ministério da Saúde. Guia de Atividade Física para a População Brasileira. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_atividade_fisica_populacao_brasileira.pdf. Acesso em 5 de julho de 2024. 

[5] Esch T, Stefano GB, Michaelsen MM. The foundations of mind‐body medicine: Love, good relationships, and happiness modulate stress and promote health. Stress and Health. 2024 Mar 5. 

[6] Uddin LQ. Cognitive and behavioural flexibility: neural mechanisms and clinical considerations. Nature Reviews Neuroscience. 2021 Feb 3;22(3):167–79. 

[7] Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da saúde. 2º ed. Brasília: Distrito Federal, 2014. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/publicacoes-para-promocao-a-saude/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf/view. Acesso em 03 de julho de 2024. 

[8] Albuquerque TG, Bragotto APA, Costa HS. Processed food: Nutrition, safety, and public health. International Journal of Environmental Research and Public Health. 2022 Dec 7;19(24):16410. 

[9] Reider CA, Chung RY, Devarshi PP, Grant RW, Hazels Mitmesser S. Inadequacy of Immune Health Nutrients: Intakes in US Adults, the 2005-2016 NHANES. Nutrients. 2020 Jun 10;12(6):1735. doi: 10.3390/nu12061735. 

[10] Sarris J, Mehta B, Óvári V, Ferreres Giménez I. Potential mental and physical benefits of supplementation with a high-dose, B-complex multivitamin/mineral supplement: What is the evidence? Nutrición Hospitalaria. 2021;38(6):1277–86. 

[11] Tardy AL, Pouteau E, Marquez D, Yilmaz C, Scholey A. Vitamins and minerals for energy, fatigue and cognition: A narrative review of the biochemical and clinical evidence. Nutrients [Internet]. 2020;12(1):228. 

[12] Cormick G, Betran AP, Romero IB, Cormick MS, Belizán JM, Bardach A, et al. Effect of Calcium Fortified Foods on Health Outcomes: A Systematic Review and Meta-Analysis. Nutrients. 2021;13(2):316. 

[13] Santander Ballestín S, Giménez Campos MI, Ballestín Ballestín J, Luesma Bartolomé MJ. Is Supplementation with Micronutrients Still Necessary during Pregnancy? A Review. Nutrients. 2021;13(9):3134. 

[14] Weyh C, Krüger K, Peeling P, Castell L. The Role of Minerals in the Optimal Functioning of the Immune System. Nutrients. 2022 Feb 2;14(3):644. 

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